terça-feira, 11 de junho de 2013

Sutiã que dá choque

Após toda a discussão gerada pelo estupro coletivo de uma estudante indiana, Jyoti Singh Padey, quandoestava em um ônibus no fim do ano passado, um grupo de universitários também indianos desenvolveram um protótipo de sutiã que dá choques, com o objetivo de ajudar as mulheres contra ataques que elas possam vir a sofrer. Tal peça de roupa pode dar choques de 3.800 kV caso alguém tente apertar ou beliscar os seios de quem a usa. Os sensores que detectam agressões são posicionados em torno do busto.
Com esse caso horrível da jovem Jyoti e outros relatos de outras mulheres, os estudantes de engenharia aeronáutica Manisha Mohan, Niladhri Basu Bal e Rimpi Tripathi, da Universidade SRM, cidade de Chennai, resolveram criar o sutiã. Eles descobriram que a região dos seios é comumente a que é atacada primeiro em casos de agressões. 
O protótipo recebeu o nome de SHE (Society Harnessing Equipment – Equipamento de Controle da Sociedade). A sigla formada também quer dizer “ela”, em inglês.

(Imagem: UOL)

Ele até recebeu um prêmio, o de projetos de jovens inovadores (Gandhian Young Technological Innovation Award) da Sociedade para Pesquisas e Iniciativas para Tecnologias e Instituições Sustentáveis, da cidade Ahmedabad.

(Imagem: Info)

 Além de dar choque, o sutiã também pode mandar uma mensagem de texto para algum amigo ou parente da mulher e para a polícia, contendo a localização da vítima (obtida por GPS).
O sutiã tem tecido com camada dupla, que serve de isolamento elétrico, para que a mulher que o usa não seja atingida pelo choque, sendo que também é possível calibrar o sensor para a pressão do aperto que dispara o choque, para que ele não seja dado em situações que não as de perigo. Por exemplo, um abraço não causaria um choque. Também há um dispositivo para que a mulher dispare o choque caso se sinta insegura.




O que os estudantes querem agora é tornar o sutiã prático e comercialmente viável, com a diminuição de componentes, que ainda são grandes, além da implantação de bluetooth, para conectar o sutiã a smartphones.
Com tudo isso, eles desejam que as mulheres possam andar pelas ruas com confiança, em todas as partes do mundo.
Tudo bem existir algo assim. Mas não está tudo bem ter que existir algo assim. Ou seja, a criação de um objeto como esses é até válida, já que pode trazer benefícios para pessoas que podem não ter muitas outras formas de defesa. Mas chegar a esse ponto de ter tanta violência que um objeto assim precisa ser criado? Pareceria até absurdo se não estivéssemos acostumados a ouvir coisas absurdas a cada dia que passa, já que com tantos absurdos em nosso mundo o absurdo acaba nem parecendo mais tão absurdo. Absurdo?

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