domingo, 29 de dezembro de 2013

Lista 2013

Todos parecem gostar de listas. Ainda mais no período entre o final de um ano e o início de um novo. Listas parecem ajudar em algumas ocasiões. Podem ajudar alguns a manter o foco, outros a não se esquecerem do que não deveriam se esquecer. Podem ser chatas, com coisas que você precisa fazer, mas não realmente quer. E podem não servir para muita coisa, parecendo que foram criadas apenas no embalo do clima que está por aí. Então, vamos lá, aqui está a lista do Sapato Bege, com coisas que vi/achei/pensei em 2013:



p Pior coisa que li em alguma revista em 2013 (e top 5 em toda a minha vida): uma revista feminina dizendo para mulheres não saírem de casa sozinhas à noite usando calças brancas, pois o item de vestuário chama muita atenção dos homens e, por isso, sair sozinha à noite usando calças brancas pode ser perigoso (é, 2013 ainda parece 1913. Porque se algo acontecer com você, mulher, sozinha no escuro, calças brancas, a culpa é sua, claro).

p Acontecimentos que me deram esperança (pelo menos no momento em que ocorreram): manifestações do início-meio do ano e libertação dos Beagles

Coisa do cotidiano que se destacou negativamente: as coisas, qualquer coisa, todas as coisas ficando cada vez mais caras, absurdamente mais caras. Um aumento fora do aceitável para a esmagadora maioria dos brasileiros.

p Coisa do cotidiano que se destacou positivamente: pelo que vejo por aí, as pessoas estão ficando mais do lado direito nas escadas rolantes, quando paradas. Claro que não é todo mundo, tem gente que ainda não sabe ou não percebe ou não respeita, mas em alguns lugares vejo que se tornou costume deixar a esquerda livre. Iupi!!!


Quais as suas respostas para alguns desses itens? Quais itens você incluiria?

domingo, 22 de dezembro de 2013

Stop Motion Natalino

Para celebrar o Natal, que está chegando, aqui está um stop motion muito fofo de um biscoito natalino.


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O espírito natalino

No começo do ano, escrevi um pouco sobre consumismo. Nesses dias, com o Natal se aproximando, o comportamento exagerado das pessoas fica mais evidente. Ainda fica... Algumas pessoas parecem estar menos loucas com compensar o que não conseguem viver e entregar de si mesmas aos outros com objetos que por vezes nada têm de simbólico na relação presenteador-presenteado. Dar presentes é legal. Mas dar presentes é uma coisa do coração. O valor monetário não deveria ser o principal (não que algo que custe muito seja necessariamente ruim, mas algo custar caro também não quer dizer que esse algo seja bom. Algo ser bom significa que algo é bom e só isso). Correr para comprar presentes para pessoas de quem você nem gosta tanto só por educação não é legal. E ainda hoje tem gente que se deixa levar... O que importa não é curtir cada momento com quem você gosta? E presentear com objetos ou com gestos de coração também não é melhor? Calma, muita calma, pois a vida é feita de momentinhos e tudo o que você precisa é na verdade lembrar que eles estão aí e só eles podem te oferecer o que importa de verdade.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Café e Hello Kitty

Hoje tem um post mais bonitinho. Quero falar sobre um passeio que fiz: o café da Hello Kitty, no Shopping Bourbon. O café é simples, é um café com cara de café. Na hora em que fui estava vazio, não sei se em outros momentos fica mais movimentado. Gosto de passear em cafés e escolhi o da Hello Kitty porque quando ele abriu (já faz um tempinho) fique curiosa para saber como era, mas nunca tinha ido. Foi legal para conhecer, matei a curiosidade que tinha.
As comidinhas são bonitinhas, não tinha salgados, só doces, mas a maioria com o rosto da Hello Kitty, como o bombom e o pão de mel. Comi um cupcake, que não tinha o rostinho dela, mas era todo comestível, inclusive sua forminha. Achei bonitinho e, além de comer, também fiz algumas aquisições.



(Imagens: Sapato Bege)

Algumas das coisinhas que comprei:

(Imagem: Sapato Bege)

domingo, 15 de dezembro de 2013

A linguagem é importante (e muito)

Na Suécia, foi criado um pronome de gênero neutro, “hen”. Com hen, você pode se referir a uma pessoa sem que seja determinado seu gênero. A Suécia apresenta situação melhor quando pensamos em igualdade de gênero do que o Brasil (tá, muito melhor mesmo, no caso), por exemplo, com proporções mais altas de empregabilidade e educação feminina. Só que o objetivo do hen não é apenas manter a igualdade e sim criar neutralidade, ou seja, acabar por não mais distinguir os papéis masculinos e femininos na sociedade. Com a palavra neutra, é mais fácil que a situação na realidade também seja neutra. Leia algumas considerações sobre o hen aqui. Aliás, se achar interessante, também leia sobre o teste de Bechdel para filmes. Para ser aprovado na classificação Bechdel, um filme deve mostrar duas personagens femininas com nomes conversando entre si sobre um assunto que não seja homens. Por incrível que pareça, é mais difícil de achar filmes que passam no teste do que poderíamos pensar.

(Imagem: Sapato Bege)

A linguagem molda nossa forma de pensar. Dependendo dos conteúdos a que somos expostos e da maneira que esses conteúdos são expostos, construímos nossa visão de mundo. Acredito que nascemos com algumas propensões a gostos e traços de personalidade, mas a repetição de expectativas e ensinamentos a todo o tempo acaba determinando a maneira com que essa propensão se desenvolve. É interessante o pronome neutro, pois ele proporciona outras possibilidades de visão de mundo, de pensamento.
Uma nova palavra demonstra novas possibilidades. E assim como a linguagem pode nos trazer novas possibilidades, também percebemos a limitação ou direcionamento de pensamentos e comportamentos pela forma que a comunicação a que somos expostos propositalmente é construída. É como a novílingua em 1984, de George Orwell, que foi criada como instrumento de dominação do pensamento. Veja mais sobre a novílingua aqui. Em 1984, a forma com a qual Orwell coloca a linguagem como aparato capaz de direcionar e moldar nossos pensamentos é maravilhosa. Se não existe algo que simbolize o que pensamos, como podemos pensar esse algo? Pois é, não é só no livro que é assim. Aliás, o livro não é só um livro, não é mesmo?
Enfim, tais exemplos e outros de nosso cotidiano nos fazem perceber quão maravilhosa e a linguagem e quão importante é a comunicação. Devemos compreender a linguagem para que enriqueçamos nossa visão de mundo e para que aumentemos as possibilidades de desenvolvimento de nossos pensamentos e, consequentemente, de desenvolvimento de nossas próprias vidas.

(Imagem: cinelogin)

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

It’s All Too Much

Já há algum tempo, sou fã de um moço chamado Peter Walsh. Tenho dois de seus livros, li e gostei muito. O assistia na Oprah e assistia a seu programa - Chega de Bagunça. Peter nos diz sobre como organizar a nossa vida, incluindo nossos objetos, nossos relacionamentos, nosso corpo, nosso tempo. Só que ele faz isso de um jeito mais profundo. Ele diz que a bagunça, a acumulação ou, em inglês, clutter, não é sobre as coisas, mas sobre sua atitude com relação à vida. E que clutter é tudo o que fica entre você e a vida que você gostaria de viver. Então, o problema não é a coisa em si que está em excesso na sua sala de estar, mas o fato dela distanciar você da vida que você quer. E o fato é que um ambiente bagunçado normalmente nos deixa menos produtivos, criativos, relaxados.
Assisti a uma entrevista dele, achei tão importante e tão legal o que ele diz:





Nos livros que eu tenho, ele ensina a pensar sobre nossas vidas mesmo. E diz como se livrar das coisas em excesso, nos faz pensar sobre os objetos que realmente usamos e dos quais precisamos, além de nos fazer pensar sobre os motivos que nos fazem ficar apegados ao que não nos serve mais e como resolver isso. O It’s All Too Much fala principalmente sobre a bagunça dos objetos em nossa casa. E o Does this clutter make my butt look fat? mostra a relação da bagunça dos objetos com a bagunça em nosso corpo, já que as duas tem as mesmas causas. Acumulamos objetos, acumulamos gordura, acumulamos pensamentos, sentimentos e relacionamentos antigos e que não servem mais pelo mesmo motivo. E o Peter Walsh fala isso tudo de um jeito muito interessante.

(Imagem: Sapato Bege)

Não sei se esses livros foram traduzidos para o português. Também não achei em livrarias por aqui, comprei na Amazon, o bom é que não foram caros. Gostei muito de verdade. Se você tem uma "bagunçazinha" (ou uma bagunçona), seja na sua casa, ou em outra área da sua vida, eu super recomendo.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Esquecimento

(Imagem: envolverde)

Acho engraçado o inconsciente coletivo. Como algumas coisas acontecem e todo mundo tem um sentimento a respeito disso ao mesmo tempo. Como coisas que acontecem na humanidade ficam marcadas em muitas pessoas. Mas alguns fatos na hora em que ocorrem geram a maior comoção, indignação e, depois de um tempo, tudo volta ao normal. Como as pessoas não mudam de fato seu comportamento e não vão atrás de mudanças no mundo depois de terem contato com algo desconfortável. Poxa, será que custa tanto sustentar pequenas decisões que mudariam (para melhor) a sua vida, a de outras pessoas e a de outros seres?
Talvez eu não esteja tão certa também. Talvez algumas pessoas mudem por dentro. E quando esse tipo de mudança ocorre, não tem volta. Tem outras mudanças de novo, que podem levar a outros caminhos, mas não volta. E, talvez, a mudança no mundo seja assim, mudancinhas por mudancinhas ou mudanças grandes em um por um, devagarzinho, e não uma mudança brusca com toda a humanidade se mantendo motivada a continuar com suas decisões de uma só vez. Será que é assim?

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Ser cool



     Ser cool. Hoje em dia, percebemos que ser alternativo virou cool. Só que não é assim que funciona. Alternativo não é um estilo de roupas e gestos a se seguir. Quando as pessoas que eram alternativas foram assim consideradas, elas não seguiam alguns padrões da sociedade. E acabaram usando roupas diferentes também, que eram as roupas que elas queriam usar. Só que não eram só roupas, não era só um estilo, as pessoas tinham idéias alternativas. Você copiar o que é tido como alternativo atualmente não te faz diferente, te faz igual.
     Não que o fato de ser igual por si só seja ruim. Às vezes é ruim, às vezes é bom. Mas se sua intenção é ser diferente imitando o outro que algum dia foi diferente, você não está sendo diferente. Nem alternativo. Se você copia estilos para ser socialmente enquadrado em alternativo, você não está sendo alternativo, é exatamente o contrário.
     Temos como exemplo o Kurt Cobain, com suas camisas de flanela. Acredito que era o jeito mais simples de se vestir na época e o jeito que ele gostava. E acabava sendo diferente. Mas, como existia um tempo atrás aqui, camisas de flanela em pleno verão de Brasil não fazem o menor sentido. Camisas de flanela em época de frio porque você gosta e se sente confortável, tudo bem. Mas não para parecer algo. E isso é só uma das coisas que se viu entre as que se viu e ainda se vê por aí. Atualmente, temos tribos que se vestem no código “alternativo”, mas as pessoas estão aderindo a algo já determinado, achando que estão se diferenciando. Novamente, não que seja errado se vestir desse jeito também e que o certo seja você buscar ser diferente. Mas não seja uma coisa achando que está sendo outra! Se você quer ser cool, assuma, que também está tudo bem. Só seja verdadeiro com você.


 (Imagem: fanpop)

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Escolhas



 

Todos os momentos que vivemos anteriormente nos trouxeram exatamente ao momento em que estamos agora. Cada pequena escolha nos deu um resultado e ajudou a criar este momento que estamos vendo. Cada pequena modificação que fazemos em nossas vidas influencia o que vamos viver.
Todos fazemos muitas escolhas. Algumas pequenas, outras grandes. Por vezes nos arrependemos de algumas escolhas e imaginamos se não seria melhor termos escolhido diferente. Mas, às vezes, o que queremos é mudar o passado, e não o presente. Se esse for o caso, agradeça por cada escolha que você fez, pois elas construíram o seu agora. O passado já passou. Se você tivesse escolhido diferente, o seu passado poderia ter sido diferente sim. Melhor ou, quem sabe, pior. Só que seu agora também seria diferente.
É tão legal pensar que cada experiência, cada momentinho se resume a este momento do agora. Tudo foi necessário para que este agora fosse possível. No final das contas, o agora é única coisa com a qual temos contato. O passado e o presente só existem dentro de nossas cabeças. É claro que o passado já foi um presente e o futuro também será um. Mas aí eles não são mais passado e futuro, são presente. Ouvi uma vez, não me lembro onde ou de quem, que o presente é um quadro que vai se modificando e se modificando...
Se o seu presente também não agrada, pense no presente estando mais presente. E aproveite o máximo mesmo assim. E faça escolhas legais para que quando o futuro se transforme em presente, seja um bom presente.
É claro que não podemos nos pressionar tanto para fazermos as escolhas em nossas vidas, pois escolhemos o que achamos que é melhor para nós, para o momento. Às vezes enxergamos as consequências, às vezes não. Às vezes escolhemos algo e renunciamos a pouco, às vezes muito. De vez em quando achamos que a escolha é boa e não é, de vez em quando achamos que é ruim e acaba sendo boa. E de vez em quando é um pouco ruim e um pouco boa.
Escolhas... escolhendo, escolhemos nossos momentos. E, novamente dizendo, cada momento que você escolheu dar para você te trouxe a esse momento que você está vivendo nesse exato momento.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Julgamento de habilidades


(Imagem: Sapato Bege)

É impressionante como as pessoas ficam impressionadas com a capacidade de mulheres desempenharem tarefas de forma positiva, mesmo quando essas tarefas não dependem de força física, ou seja, sua força física menor não tem a menor importância para o desempenho das tarefas. Julgamentos...

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Não é só o PlayStation


     PlayStation 4 custando R$4000,00. Reclamações, piadas. Mas tem gente que compra. Assim como tem gente que compra itens de luxo parcelados no cartão em não sei quantas vezes. Poxa, se você não pode comprar uma bolsa por R$5000,00, você não deveria comprar por 10 vezes de R$500,00, pois acho que esse dinheiro teria melhor uso para você. Você não precisa da bolsa, mas acha que será mais bem visto pela sociedade caso a possua. O que falta em você é algo mais profundo para ter essa necessidade toda de status, só que você está procurando no lugar errado. Comprar essas coisas caras, ainda mais sem poder, só para aparecer, não vai fazer você sentir uma paz interior maior. E se fizer, algo está bem errado com suas prioridades.
     E seu consumo cultural, como vai? E a educação do seu filho, como vai? Não só com relação a escola que ele frequenta, mas seu desenvolvimento intelectual e seu desenvolvimento de visão de mundo, como vai? E seu relacionamento com familiares e amigos, são baseados em que? Quais os sentimentos das pessoas próximas? O que você gosta de fazer? Qual é sua aspiração na vida, o que a voz dentro de você diz que é sua missão aqui? Como está a comunidade ao seu redor? Você respeita o que está a sua volta?
     E as pessoas têm vergonha de pechinchar, de perguntar o preço, de achar as coisas com o preço abusivo. Pessoas que estão enforcadas com suas dívidas e não acham caro pagar R$80,00 em uma blusa com péssimo tecido, péssima qualidade, péssima costura, péssimo corte. Gente, isso não é normal! E é claro que, percebendo que as pessoas estão dispostas a pagar o que for, se cobra cada vez mais caro. Tá, se cobra cada vez mais caro por diversos motivos, o comerciante às vezes não tem muita saída, já que tem custos para a manutenção de seu negócio cada vez mais exorbitantes, também exagerados, também pesa demais.
     Mas aqui as pessoas parecem querer objetos por motivos diferentes dos que deveriam existir para a necessidade de um objeto. Pessoas não querem um objeto por ele ser legal, funcional ou mesmo bonito, querem para ter o que todo mundo tem. E ser só mais um. Com a mesma casa, o mesmo carro, as mesmas roupas, o mesmo cabelo, os mesmos pensamentos, a mesma linguagem, os mesmos gostos, a mesma personalidade. E com vergonha se algo sair disso. Ah, se algo foge disso, o envergonhado corre para consertar... gastando mais dinheiro sem poder gastar.


 
(Imagem: naftalina.net)