terça-feira, 22 de abril de 2014

Querer

     Por que nós queremos? Queremos coisas. Coisas-objetos ou coisas-abstratas. Coisas-coisas. Coisas-sentimentos, coisas-pensamentos, coisas-sensações, coisas-compartilhamentos, coisas-experiências. Coisas. Nem sempre o querer é igual em conteúdo ou intensidade, mas é mais do que comum aos seres humanos quererem. 
     É claro que tudo bem querer. Isso nos faz melhorar. Pensar sempre em evoluir é muito bom. Mas também é importante apreciar o que temos, viver no momento em que estamos. Querer é importante, mas querer não pode nos fazer esquecer do que já é. Não podemos sacrificar o que pelo que pode vir a ser. Porque isso também pode não vir a ser.
     Querer é pensar no futuro. Parece até bobagem pensar tanto no futuro quando já temos o mais importante de tudo em mãos. É claro que o futuro um dia vai ser um agora. E é óbvio que o futuro vai ser uma consequência do agora de agora. Talvez então, pensar um pouco no futuro não signifique tanta bobagem. Planejar, programar. Mas temos que entender que nem sempre tudo se desenrola conforme pensamos. As coisas vão mudando e, com elas, de vez em quando precisamos adaptar nosso querer. Mesmo porque, apesar de ter sua relevância, o querer não pode ser maior do que o ser.
     Mas então, por que nós queremos? Ainda não consigo entender o querer, mas sei que querer nos move.

(Imagem: Sapato Bege)

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Excesso interno


      Em outro post, falei sobre o Peter Walsh e a mensagem legal que ele traz sobre tirarmos o que não serve mais de nossas vidas. Pensando em objetos, até é mais fácil percebermos a ligação em como o excesso de coisas nos faz mal em nossas vidas. Coisas entulhadas tornam nossa rotina mais difícil, perdemos tempo procurando por coisas perdidas no meio da bagunça, não enxergamos o que temos de melhor e o que temos de necessário com um monte de coisas desnecessárias escondendo tudo.

     Porém, há alguns dias, resolvi fazer uma faxina de outro tipo. Inclusive, o Peter Walsh cita outros tipos de faxina, que são como faxinas internas. Aliás, ele explica bem que as duas coisas estão ligadas, pois bagunça em seu ambiente está entrelaçada com uma bagunça dentro de você.

     Tomei essa decisão porque, ultimamente, tenho a sensação de que não tenho tempo para nada. Sobram atividades, planos, vontades. E, pelo que percebo, isso não é só comigo, é um sentimento compartilhado por muitas e muitas pessoas. Já é até clichê falar sobre a vida moderna e sua correria. Mas ela existe e tem impacto em nossas vidas. Só sei que excesso de coisas não dá mais. Decidi decidir sobre o que é mais importante. Escolher o que realmente quero e dar atenção a essas coisas. Não é me podar e remover sonhos, isso seria injusto e acaba com a alma de qualquer um. É exatamente o oposto. É retirar as atividades que não se enquadram no que vai me fazer feliz de verdade. Para eu ter mais tempo de estar presente, aqui, no agora, sem ter que ocupar minha mente com as milhares de pendências que existem. É poder apreciar cada momento. Fazendo as coisas que realmente importam, com as pessoas que realmente importam. E podendo olhar cada detalhe, saborear cada acontecimento. É como o Peter Walsh diz, de viver a vida que você quer viver.

      As coisas que fazemos nos afetam, por isso, acho legal escolhermos conscientemente onde colocamos nossa atenção. Se colocamos nossa atenção em algo não muito legal, ficamos não muito bem. Se colocamos nossa atenção em ter pressa, a pressa nos segue. Se colocamos nossa atenção em coisas desnecessárias, atraímos mais coisas desnecessárias para nossa vida. Mas quero colocar minha atenção em coisas boas para mim, coisas que vão me fazer crescer ou que vão me alegrar.

     Decido não querer fazer coisas só por fazer. Só porque são exigências externas ou parecem bonitinhas de se fazer. Só porque supostamente podem me trazer algo que os outros acham que pode me trazer, mas no final não leva a lugar nenhum. Escolho fazer as coisas que agradam minha alma. Um declutter que tem ligação com remover o lixo de sua casa sim, mas também é bem mais profundo.



Publicação original em 09/04/14 - Editado em 29/10/14

quarta-feira, 2 de abril de 2014

O que incentivar para um futuro melhor



Para um futuro melhor, as crianças devem gostar de pensar, devem gostar de criar, devem querer aplicar o que aprendem em algo prático, com entusiasmo. Se as crianças gostarem de aprender, quando forem adultos, podem se interessar em refletir e contribuir para a transformação do mundo em um lugar melhor. Devemos incentivar o pensamento, o desenvolvimento intelectual, não hábitos nocivos que vemos expostos por aí... Sei que existem diversos motivos para o tratamento aos mais jovens não ser o ideal, mas seria interessante e muito benéfico para toda a sociedade se tentássemos.