terça-feira, 18 de março de 2014

O que comemos?

     Algumas pessoas perguntam por que não comer carne. E por carne, digo animais. Quando existe esse questionamento, penso em uma resposta. Eu não faria com os animais que como o que as pessoas fazem com ele para que eu possa comê-lo. Então, por que vou indiretamente contratar alguém para fazer uma coisa com a qual não concordo?

     Alguns dizem que somos feitos para comer animais, por causa de nossa evolução, da cadeia alimentar, dos dentes. O fato é, podemos comer carne. Só não precisamos. Comer carne não faz mal, diretamente, ao nosso corpo, tirando o fato de algumas pessoas terem menor propensão a ter certas doenças por não comerem animais (você pode pesquisar mais sobre isso se quiser). Então, podemos comer carne. Só que, como disse, não precisamos. Já que o assunto é evolução, podemos também pensar que, já que somos tão evoluídos, por que não nos comportamos de forma diferente da dos outros animais que não têm escolha. Um leão vai comer sua presa porque sua natureza é assim, porque ele precisa disso para sobreviver. Nós não precisamos disso para sobreviver. Com o avanço da humanidade, podemos escolher viver sem esse tipo de alimento.

     Até porque a forma como os animais são criados para alimentação atualmente é muito cruel (não preciso nem detalhar aqui, essa informação já é abundante na internet). Na mesma velocidade, padronização e tratamento com que todo o resto é tratado nesse mundo de hoje. Só que, no caso, são vidas. E a crueldade existe não só na forma com que a vida é tirada, mas na forma como a vida é vivida.

     E sim, podemos sim comer os animais depois de saber disso. Mas, de novo, não precisamos. Nosso corpo pode, mas não precisa. Existe alternativa para todos os nutrientes.

     Entendo a herança cultural. Entendo que as pessoas que comem animais não são ruins, é só sua crença. Cada um têm sua crença. Mas, depois de todas essas reflexões, não dá para não se alegrar ao ver cada vez mais as pessoas fazendo esse tipo de questionamento. Pessoas diminuindo seu consumo de animais, pessoas deixando de comer carne. Ver todos os questionamentos é muito legal.

     Além do mais, você é o que você come. Se você pode comer de uma forma melhor, que agrida menos outras partes do todo e que agrida menos você mesmo, por que não? Por que não ter mais consciência? E, aproveitando, comer melhor de uma forma geral? Menos açúcar, menos coisas com ingredientes artificiais. Maior variedade de legumes, verduras, frutas, grãos e todas as misturas que isso possibilita. Não é se podar, podar sua vontade. É contribuir com o seu bem-estar de uma forma geral. É investir em mais gosto, mais tempero na sua comida. Comer mais devagar, realmente com consciência do que se ingere. Aproveitar a comida de verdade e saber a origem das coisas e a consequência que elas podem trazer a você. É pensar sobre a forma como fazemos tudo na vida atual, inclusive comer. Será que não dá para evoluir de verdade nesse quesito também?

terça-feira, 11 de março de 2014

Get Together


Isso resolveria tudo.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Somos o que somos e o que o mundo é

     Nascemos do jeito que somos ou somos produtos do nosso meio? Acho que somos uma mistura dos dois. Acredito que nascemos com uma propensão a sentirmos certas sensações e sentimentos, e, a partir do que vamos absorvendo do mundo, vamos aplicando isso a reações que apresentamos a determinados estímulos. Então, dois indivíduos que estejam exatamente no mesmo meio e na mesma situação podem apresentar reações distintas. Porém, se esses indivíduos estivessem em outro meio, apresentariam outras reações a estímulos parecidos e outras reações a estímulos diferentes. 
     Acho que temos sim uma propensão a gostar de uma coisa ou de outra, agir de um jeito ou de outro. Mas também só podemos colocar isso em prática na interação que temos com o resto do mundo, então as ações e gostos, quando se transformam em algo concreto, também sofrem influência do meio. Realmente, uma mistura.
     Por exemplo, se alguém sente impulso de ajudar os outros, vai fazer isso em qualquer que seja seu meio. E se sente impulso de prejudicar, também vai fazer isso em qualquer meio. O que vai mudar é a forma como isso é feito. Se eu estou em um lugar, vou ajudar ou prejudicar de um jeito, de estou em outro lugar, vou fazer de outro jeito. A forma de fazer vai mudar de acordo com as possibilidades que nos são apresentadas. Porém, a essência do que fazemos não muda.
     Então, é isso. O que absorvemos do mundo é a forma. A forma é a que vemos porque desenvolvemos o que temos de acordo com o que conhecemos. Decodificamos o que absorvemos e, a partir disso, decodificamos mais coisas. E temos a tendência a agir de acordo com o que conhecemos, ligando coisas e criando novas referências que façam sentido juntos às referências anteriores. Parece que algo nos guia nisso, e, isso em parte também é absorvido, são referências anteriores. Porém, parece que a essência também faz parte nessa coisa toda de guiar. 
     Realmente acho que existe uma mistura aí. E, nascendo únicos, com experiências únicas, somos únicos. Somos manifestações únicas e, ao mesmo tempo, parte de um todo. Somos manifestações únicas desse todo.