terça-feira, 22 de outubro de 2013

Os Beagles


      Nos últimos dias, ocorreu a libertação de quase 200 beagles, que eram utilizados para pesquisas no Instituto Royal, em São Roque. Por relatos das pessoas que ajudaram os cachorrinhos, soubemos que eles sofriam (e muito) com o que era feito a eles, como ocorre com muitos e muitos animais que sofrem com testes em diversas partes do mundo. Diversos animais, com os beagles, coelhos, ratos, macacos. 
     Alguns testes são para a indústria farmacêutica. Estes normalmente são mais bem aceitos pelas pessoas, pela promessa de ajudar na cura de doenças em humanos, argumento que também tem contra-argumento (“A pesquisa científica com animais é uma falácia – entrevista com o médico Ray Greek”). Não sou médica ou pesquisadora para saber qual a necessidade e eficácia de tais testes, mas acredito que o ser humano tem que utilizar sua sabedoria ao máximo para evitar que pesquisas de natureza agressiva contra seres indefesos aconteçam. Além de pesquisas para remédios, são feitos testes para cosméticos. Só que nada justifica testes em animais para fins estéticos. Nada. Ainda mais quando sabemos que muitas empresas não são adeptas a essa prática e conseguem desenvolver os seus produtos de forma segura. A humanidade tem muito conhecimento científico e tecnológico, acho que verdadeiramente existem alternativas, né? E é muito legal ver as pessoas questionando tudo isso.
     Por um lado, dá um receio de pensar que isso pode ser apenas um assunto da moda. Mas acho que não. Dá muita felicidade pensar que a sociedade pode realmente estar passando por uma transformação em sua mentalidade. Muitos outros pensamentos incoerentes foram (ou estão sendo) mudados antes... 
     Espero que as pessoas passem a fazer escolhas em seu dia-a-dia que favoreçam o todo. Escolhas que não maltratem aqueles que não podem se defender sozinhos. Vamos consumir produtos que não sejam testados em animais. Agora e sempre! E quem sabe isso não dê um pontapé para a mudança em como as coisas são feitas. E com tal mudança, quem sabe as pessoas que ainda não têm consciência sobre as atrocidades cometidas com quem não pode se defender passem a tê-la. Vamos pensar melhor e escolher melhor. Às vezes, tenho a sensação de que não posso mudar o mundo. Porque realmente não posso. Mas se puder melhorar um pouquinho que seja, para alguém que seja, já vale.
     Outros seres já foram tidos como inferiores anteriormente. Seres como... as mulheres ou seres que também eram humanos, só que com outras crenças ou outra etnia. E agora os animais. Mas isso parece estar mudando. O que é reconfortante em saber que, apesar de tais mudanças, falta muito a se evoluir é pensar que existem muitas pessoas boas por aí, dispostas a fazer o bem a quem quer que seja. Isso é muito bom. Quem gosta dos animais do fundo do coração entende. E não só dos animais, quem tem amor no coração, entende.
     Consulte empresas que se preocupam em não fazer o mal. Faça suas escolhas diárias, e não só as de consumo, baseadas no impacto que isso pode gerar para o planeta, para os animais, para as outras pessoas e também para você. Faça o melhor sempre, por menor que pareça o gesto, cada gesto conta.

 
(Imagem: doglovers
 

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